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6 de jul. de 2010

FOTOS DA OFICINA DE TINTAS ECOLÓGICAS A BASE DE TERRA - EXPO ITAGUAÍ


Mega alto astral, hiper motivação, tremenda vontade de aprender e de serem cidadãos mais responsáveis pelo meio ambiente e consumidores mais conscientes. 


Este é o perfil resumido e super bacana dos alunos, de diversas faixas etárias e localidades, que participaram das Oficinas de Tintas a Base de Terra - Artesanais, Ecológicas e Sustentáveis; realizadas pela arquiteta, urbanista e bioconstrutora - Lecy C. Picorelli; no espaço reservado na área da Secretaria de Meio Ambiente e Pesca de Itaguaí em plena na Expo.
Eis algumas fotos dessa galera, que fez acontecer e colocou literalmente a mão na massa!

5 de jul. de 2010

TINTAS ECOLÓGICAS E SUSTENTÁVEIS A BASE DE CAL E PIGMENTOS NATURAIS


A prática da pintura de Cal é uma das mais antigas da humanidade e é ainda muito utilizada, sobretudo no ambiente rural, por ser um produto barato e bastante acessível, pois pode ser encontrado em qualquer pequena loja de material de construção e até mesmo em mercearias; e é mais rápida de fazer e de aplicar, resultando numa superfície com aparência rústica, com um aspecto um tanto provisório.

A Cal tem profunda ação fungicida e não contém insumos tóxicos, além de permitir a difusão do vapor d’água (ou ‘respiração’) das paredes.

A pintura a Cal é  um verdadeiro antídoto contra as umidades.

Ocorre que, por ser originariamente barata e de fácil aplicação, este tipo de pintura tornou-se desprezada pelos consumidores das classes médias e altas, enquanto ia tendo a sua imagem literalmente destruída pela indústria de tintas, cada vez mais ávida em impingir produtos de tecnologias cada vez mais caras.

Realmente, ela teve lá os seus problemas, tais como: baixa viscosidade - escorria e respingava demais durante a aplicação; depois de seca, a Cal não oferecia uma boa cobertura das superfícies e não fixava completamente nas superfícies, fazendo o pó da Cal logo se desprender, grudando em roupas e na pele. Por fim, este tipo de pintura apresentava um aspecto típico do “manchado” em dias de chuva.

Através do resgate e da reformulação artesanal das antigas fórmulas e técnicas das pinturas com Cal, a Bioarquitetura e Bioconstrução resolveu este problema de forma ecológica e sustentável, isto é, sem anular a qualidade ambiental do produto e sem usar fixadores e aglutinantes químicos!

Hoje em dia, já podemos afirmar que há mais três pontos a favor da pintura a base de Cal:
1- Completa  aderência
2- Durabilidade
3- Manutenção da cor (pigmento)

Esta pintura pode durar tanto quanto a tinta convencional, desde que as tintas a base de Cal recebam fixadores, impermeabilizantes e aglutinantes naturais, como por exemplo, a cola ou o sumo de cactos (palma).

O único senão das tintas a base de Cal é que não podem ser aplicadas sobre massa acrílica nem sobre massa-corrida, porque não aderem a esses materiais.

A pintura a base de Cal só pode ser lavada três meses depois de aplicada.  Esses mínimos cuidados asseguram a melhor aderência da pintura.

As tintas ecológicas a base de Cal ficam especialmente belas quando aplicadas em superfícies rústicas, rugosas e “cruas”.

O QUE É A CAL?
A Cal é um insumo natural, que para ser produzido só precisa da ação do fogo, que modifica a rocha original – o CARBONATO DE CÁLCIO, que, após ser calcinado (queimado a temperatura de 1200˚C), torna-se o ÓXIDO DE CÁLCIO. Depois pela ação da água transformam-se em HIDRÓXIDO DE CÁLCIO e gradativamente volta a condição original da rocha.

TINTAS A BASE DE TERRA - ECOLÓGICAS E SUSTENTÁVEIS


As práticas de pintura que usam o solo como pigmento natural, existem desde o tempo das cavernas e ainda são muito utilizadas no ambiente rural.



O resgate das técnicas da pintura feitas com terra; usando solos como pigmentos já permitiu, só aqui no Brasil; a catalogação de mais de 40 cores básicas, que podem ser inclusive misturadas entre si, resultando numa infinidade de cores e tons.


A releitura desse conhecimento tradiconal e popular vem colocando em evidência o valor do imperbeabilizante feito a partir do cactos de palma e/ou do que é feito com a cola de amido - conhecida como "grude" (usado em papagaios e pipas), que fazem com que a pintura se agarre bem nas paredes, impedindo que a tinta solte-se facilemente como outrora, quando fazia grande labuzeira no momento da aplicação e grudava em roupas e no corpo após aplicada.


Assim é, que a opção de menor custo na produção dessas tintas, é a receita formulada a partir da mistura de argila e o sumo da palma forrageira, planta originária do nordeste do Brasil, muito comum na Caatinga e no Serrado.


As tintas a base de terra podem ser aplicadas em interiores e exteriores, podendo inclusive serem utilizadas em pinturas artísticas, telas, quadros, madeira e em artesanatos em geral.


A principal vantagem desta tinta está no preço, já que uma lata de dezoito litros de tinta feita com a cola convencional sai por cerca de R$ 20,00 a R$30,00; a fórmula feita com sumo de cactos ou cola de grude não chega a custar muito mais do que R$ 5,00.

Isso já é por si só, um grande incentivo.

Pincipalmente para todos os adpetos do consumo consciente, quanto para as populações de menor renda.

TINTAS ARTESANAIS: ECOLÓGICAS E SUSTENTÁVEIS

O QUE SÃO AS TINTAS ECOLÓGICAS E SUSTENTÁVEIS

São as produzidas artesanalmente, a partir de insumos e matérias-primas naturais e orgânicas; portanto livres dos COVs - Compostos Orgânicos Voláteis - elementos sintéticos e agentes químicos tóxicos, derivados do petróleo, que levam até um ano para cessarem de impregnar os ambientes.

As tintas ecológicas, sejam elas a base de terra ou a base de cal e pigmentos naturais, são produtos que geram um índice zero na emissão do carbono e não contém COVs.
Elas são produzidas a partir de componentes de origem mineral ou vegetal tais como terra, argila, rochas, plantas, flores, sementes, folhas, raízes, cascas de árvores, legumes, frutos, água, etc.

As tintas ecológicas portanto, não geram poluentes, nem causam danos aos usuários da habitação, nem ao meio ambiente.



Para quem quer pintar a casa, o condomínio, a rua, o bairro, a cidade, a empresa, o escritório, o consultório, o hotel a escola;  e ter de quebra mais saúde ambiental e ainda preservar a natureza, aí vai a dica:
A pintura ecológica e sustentável a base de Terra ou a base de Cal e pigmentos naturais tem durabilidade semelhante as tintas comercializadas, não utilizam insumos tóxicos, tem ação fungicida e, além de tudo, são muito mais baratas.
 
As fórmulas da maioria das tintas industrializadas a venda no mercado, possuem   um elevado índice de Compostos Orgânicos Voláteis (COV), que são substâncias químicas invisíveis e até inodoras, mas que são altamente prejudiciais a saúde humana.


Além disso, essas tintas, quando aplicadas na parede de um ambiente, formam ali um tipo de filme;, uma camada bastante fina, porém capaz de fazer com que a habitação  pare de “respirar”, ou seja, de desempenhar a função de “terceira pele” daqueles que nela habitam.


“Terceira pele” porque a casa, assim como a pele de nosso corpo, deve apresentar o que os fisiologistas chamam de permeabilidade seletiva, realizando trocas gasosas, regulando a temperatura, a umidade; enfim, gerando um equilíbrio saudável para nosso organismo.

Por isso as paredes, pisos e tetos das habitações devem ter a capacidade de deixar passar o ar e a água de um modo natural, o que não acontece quando há o citado filme produzido pela tinta química.


Os fabricantes de tintas têm buscado formas de produzidir as tintas Low COV ou No COV - à base de água e com 20% a menos de COV em relação às demais. Porém essas tintas ainda são muito mais caras.


A fim de ter uma edificação mais saudável, utilizamos as tintas à base de compostos naturais, que tem a capacidade de deixar passar gases e água, isto é de deixar a casa “respirar” realizando o perfeito equilíbrio térmico dos ambientes

13 de mai. de 2010

FIM DOS ALAGAMENTOS - USP APROVA O ASFALTO QUE SECA ENCHENTE

    
Todos acompanhamos desde o início deste ano as sucessivas tragédias provocadas pelas chuvas em São Paulo e no Rio de Janeiro. No ano passado, Santa Catarina também passou pelo drama das enchentes, com deslizamentos, desabrigados e perdas de vidas.

Uma das maiores causas disso deve-se a diminuição das áreas com pisos autodrenantes nas vias públicas, estacionamentos, parques, túneis, condomínios e residências. Com isso as áreas  urbanas que teriam que ser de terra, de vegetação ou grama vão a cada dia diminuindo mais e mais.

Ruas asfaltadas; calçadas, pátios e quintais cimentados impedem que as águas pluviais sejam absorvidas pelo solo. Sem ter para onde drenar, as águas correm para o sistema público que não tem capacidade para receber num volume de águas cada vez mais alto nas grandes cidades.


A situação entretanto, não está totalmente perdida e uma das soluções já  ser foi aprovada e está pronta para ser utilizadas conforme se vê no artigo abaixo.

Asfalto que 'seca' enchente é aprovado em teste na USP
Destak - Piso resistente às chuvas intensas do verão deve começar a ser usado em parquesUm novo tipo de asfalto absorvente, testado desde novembro no estacionamento do Centro Tecnológico de Hidráulica da Universidade de São Paulo, na zona oeste, ganhou nota máxima na sua maior prova de resistência: as chuvas de verão.
Capaz de sorver um litro de água em 26 segundos, o material reteve cerca de 100% do líquido armazenado durante cada uma das chuvas dos últimos dois meses.


Nesse período do teste, a capital registrou recordes de precipitação, com até 47 dias contínuos de tempo chuvoso entre dezembro e fevereiro.
O diferencial do piso absorvente é que ele evita que grandes volumes de água sejam despejados no sistema fluvial de uma só vez.


O processo envolve a retenção do líquido em camadas de pedras sob a manta asfáltica. Essa água é gradualmente liberada para as bocas de lobo, ao longo de um período de 12 horas.


UtilizaçãoFinanciado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Siurb), o piso deve começar a ser usado neste ano para pavimentar áreas públicas com tráfego leve, como parques, calçadas e estacionamentos.


A prefeitura estuda pôr a tecnologia à disposição de shoppings e outros estabelecimentos com grandes garagens abertas, a fim de aumentar a permeabilização.
"Em seguida, a ideia é levar o piso para vias de trânsito secundárias, por onde passam poucos veículos pesados, já que o piso não os suporta", diz o engenheiro Afonso Virgiliis, da Siurb. 

Fonte:http://www.saopaulo.sp.gov.br/ 
Ter, 23/03/10 - 08h14
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